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Arquitetos: Montis Sastre Arquitectura
- Área: 192 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Alejandro Gómez Vives
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto de reforma da Farinera de Can Suau consiste na renovação de um epaço urbano esquecido em Llubí (Mallorca). Emolduradas pelas fachadas posteriores das habitações vizinhas, destacam-se duas construções que historicamente têm funcionado em par, uma condicionada pela outra. Este é o Molí de Can Suau, um edifício patrimonial, assim como sua vizinha "Farinera", uma construção posterior datada de 1900. A proposta consiste em uma ação urbana, gerando um novo espaço semi-público no município. O projeto resultante é uma nova praça para Llubí onde novas conexões verticais foram estabelecidas no exterior para liberar ao máximo o espaço interno da Farinera.
A construção em ruínas que ligava o moinho à Farinera é removida e um novo acesso urbano é criado a partir da Carrer Creu. Por outro lado, uma nova escadaria foi construída para acessar esta praça a partir da Calle Recto Tomás. Estes novos acessos criam também um novo fluxo de tráfego de pedestres entre estas vias. Esta praça semi-pública é um espaço ao ar livre que atua como uma conexão entre o moinho e a Farinera. Ela funciona também como a circulação entre as salas multiuso e de exposição que abrigam ambas as construções.
A eliminação desta antiga conexão em ruínas, não só proporciona um novo acesso a este lugar, mas também enfatiza o edifício patrimonial, o moinho Can Suau, que assim recebe o destaque que merece.
A nova escadaria externa que leva à sala multiuso no térreo serve de mirante sobre a cidade. Foi construído um elevador para melhorar a acessibilidade e o teto da Farinera foi substituído. A praça recebeu pavimentação, jardins e um pequeno palco foi instalado para eventos.
A praça também funciona como um espaço de exposição dos diferentes elementos históricos que caracterizaram a Farinera. As moles estão localizadas nas empenas opostas, e um elemento de aço laminado define o novo acesso urbano, a escadaria e uma vitrine onde o antigo motor da Farinera é exibido.
Este elemento de aço laminado característico tem a particularidade de se adensar a partir do interior da praça e tornar-se transparente para revelar o edifício de 1900 para quem anda pela rua. Desta forma, o caráter da construção existente é respeitado e a aparência original desta parte do município não é distorcida.
Os materiais deste espaço consistem em materiais existentes ou novos de natureza industrial, já que se relacionam às funções históricas desses edifícios. A pedra existente da fachada se mantém na qualidade de protagonista. As esquadrias são feitas de madeira. O aço também é utilizado nas estruturas das entradas e janelas que agora redefinem uma nova fachada em relação à empena agora aparente, aproveitando as aberturas originais da construção.